segunda-feira, 16 de agosto de 2010

As provas dos crimes


Não foi à-toa que milhares de americanos entraram com processos contra as fábricas de cigarros: os anúncios da época mentiam escandalosamente sobre os benefícios do fumo. "Mais doutores fumam Camel do que outras marcas", "Não perca o prazer de fumar", "20.679 médicos afirmam: Luckies são menos irritáveis", "Estou enviando Chesterfield's a todos os meus amigos" (afirmação de Ronald Reagan, ator, que depois seria Presidente dos EUA, "Venha para onde está o sabor, venha para o país do Marlboro", "Como seu dentista, recomendo Viceroys", "Fumar é acreditar!" são apenas algumas das afirmações contidas nos anúncios americanos dos anos 1950, 1960, 1970.
Foi por causa destes anúncios mentirosos e dos atores e atrizes que viviam com um cigarro nas mãos, que minha geração ingenuamente adquiriu o hábito de fumar. As consequências são do conhecimento de todos.
O inacreditável é que, apesar de tantas informações, das imagens dramáticas impressas nos maços dos cigarros, da morte agonizante do cowboy Marlboro, das estatísticas mostrando a quantidade de pessoas com câncer de pulmão e outros cânceres, tantos e tantos jovens ainda se iniciam neste vício mortal, que se torna inclusive uma porta de entrada para o consumo de outras drogas ainda mais letais.

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