domingo, 16 de dezembro de 2018

A criação publicitária antes do computador

Este e-book, fartamente ilustrado, é um panorama de como os layoutmen preparavam suas criações publicitárias, ainda nos tempos da prancheta nas décadas de 1950 até o advento do computador. Tinta a guache, aquarela, pastel, tinta nanquim e outras técnicas misturavam-se nos estúdios dos criativos com o cheiro da cola-benzina, às provas tipográficas, às colagens dos paste-up men, às fotos retocadas com aerógrafo, resultando em magníficos trabalhos com a tecnologia da época.
Você pode adquirir este-book na Amazon, pelo link:


sábado, 10 de novembro de 2018

EUA estreitam relações com Coreia do Norte

O impossível aconteceu: o presidente Obama e Kim Jong-un, “líder” ditador da Coreia do Norte cantam juntos a música “All by Myself”. Você talvez nem acredite que, na verdade, ambos são sósias quase perfeitos dos dirigentes e se trata de uma paródia, gravada ao vivo  em uma ação promocional de uma empresa de eletrônicos chamada eNuri. Criatividade nota 10.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Empregado infeliz. Acredite se quiser!


Dream Job (emprego dos sonhos). Empresa de colocação de empregados sugere que os candidatos optem pelo emprego que os façam mais felizes. Não é o caso deste "pobre coitado"... 

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Coisas da idade...

Comercial muito bem-humorado criado para clínica oferecendo testes oftalmológicos gratuitos a aposentados.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Veículos "furando" agências


Na legislação da propaganda brasileira, todos os veículos de comunicação devem oferecer seus preços de tempo e espaço publicitário exatamente iguais tanto para as agências como para os clientes. Esta legislação visa proteger os interesses das agências, que mantêm estruturas caras e são obrigadas a cobrir custos exatamente para atender aos seus clientes. Além disso, a lei procura proteger a propriedade intelectual da criação publicitária, evitando que as empresas, ao eventualmente romperem os contratos com as agências, continuem se utilizando das suas peças publicitárias, enviando suas criações diretamente aos veículos de comunicação.
Entretanto, nem sempre a lei é cumprida.
Nossa agência já passou por várias situações em que veículos de comunicação descumpriram a legislação.
Um dos casos mais marcantes ocorreu com um cliente que atendíamos por mais de 30 anos. O diretor com o qual tratávamos e com quem criáramos laços de amizade decidiu afastar-se das atividades e nomeou sua filha para a direção.
Pois em uma de nossas visitas à empresa, lá estava um contato de revista conversando com a nova diretora. Para surpresa nossa, ele acabara de oferecer uma campanha de anúncios diretamente à empresa, já com o desconto de agência.
Foi aí que a filha recentemente nomeada e com absoluto desconhecimento das relações cliente/agência/veículos julgou que nossa agência até então cobrara um sobrepreço e não acreditou nas nossas explanações.
Ela nunca mais chamou nossa agência, rompendo nossos vínculos.
Nós deveríamos ter processado a revista por descumprimento da legislação, além de requerer indenização por perdas e danos. 
Não o fizemos.

O poder financeiro nas relações agência/cliente


Após tantas décadas dedicadas ao trabalho publicitário, algumas lembranças afloram à cabeça. Como, por exemplo, a amarga experiência que tivemos com um dos nossos clientes. Era uma das maiores empresas de irrigação agrícola do país. 
Até o dia em que minha agência começou a atendê-la, introduzidos que fomos por um amigo, a empresa jamais se utilizara de profissionais da propaganda.
Fizemos um planejamento, executamos a criação e iniciamos uma campanha em revistas dirigidas, entre elas o Dirigente Rural, na época pertencente à Editora Abril. A surpresa do diretor da revista foi tão grande que acabei sendo convidado para um almoço no "roof" da editora, onde se encontrava o big boss Victor Civita.
Até aquele momento tratávamos com os diretores da empresa, que promoveram uma reestruturação. Graças aos resultados da campanha, contrataram um gerente de marketing, que veio com um cardápio pronto e tinha ligações com a R... Publicidade. Poucos dias depois e para nossa surpresa ele tratou  de romper nosso contrato. Perdemos o cliente!
Descobrimos pouco tempo depois que a R... Publicidade havia presenteado o gerente com um Fusca zerinho, dias após ele ter sido contratado, uma forma de "comprar" a conta. Nosso poder de barganha não dava para tanto. 
Era o poder financeiro em ação.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Literatura e publicidade: primos entre si


Este blogueiro falou da interação entre literatura e publicidade na Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina. Escritores famosos deram sua contribuição em velhos "reclames", e continuam a participar na criação de anúncios e outros materiais publicitários

(Ligue o som e veja em tela inteira)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Quem copiou quem?

Em Londrina, dois supermercados apresentam uma série de comerciais praticamente idênticos: o primeiro nos traz uma dona de casa loirinha e o segundo, nos mesmos moldes, nos apresenta uma morena. Até as vozes são similares.



quarta-feira, 18 de julho de 2018

O "cai-cai" de Neymar aproveitado em Portugal

O "cai-cai" de Neymar parece ter novas utilidades: pois o Instituto Nacional de Emergência Médica - INEM de Potugal fez uma publicação em sua página no Facebook com uma foto do jogador brasileiro Neymar alertando sobre o número de chamadas de emergências falsas. Ao lado de uma foto do atleta em um jogo da Copa do Mundo, o instituto destacou que "75,8% das chamadas para o 112 também não são emergências".
Afinal, as artimanhas de Neymar viraram um serviço de utilidade pública...

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Um velho comercial do Fusca

A Volkswagen precisava mostrar que sim, cabia muita bagagem no Fusca 1300, além dos passageiros.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O adgênzia dos trres letrrrinhas


Caro leitor, não estranhe esta forma de escrever o título. Foi assim mesmo que um cliente se referiu a uma agência de propaganda, que resultou numa história meio complicada. O diretor de relojoaria cuja marca era conhecida internacionalmente ligou-me para marcar uma reunião com seu presidente, pois estavam à cata de uma agência de propaganda para divulgar seus produtos. Parece que tinham rompido com a agência anterior.

Lá fui eu para a reunião. A loja ficava no Centro de São Paulo, na Rua Barão de Itapetininga, à época uma região chique e com empresas de gabarito. Após o habitual chá de cadeira que me impingiam, fosse pelo acúmulo de compromissos das pessoas, fosse para se darem importância como "big bosses", fui chamado à sala do presidente, um suíço de forte sotaque alemão:

Perguntou-me ele: 

- A senhorrr é daquele adgenzia  dos trres letrrrinhas, ZDP, BDZ, TBZ...?

- O senhor se refere à agência DPZ? Não, aqui está o cartão da minha agência. Mas pelo visto não tenho nada a fazer aqui, já que a minha agência é outra. Obrigado, prazer em conhecê-lo, mas acho melhor me retirar! 

- Não, não, a senhorrr fica! Eu prrrrecisa de serviços urrgentes parrra meu emprrrresa.

Então, eis a surpresa: o homem era o dono não só daquela relojoaria chique, mas de três empresas e necessitava de um serviço urgente inicial para uma delas, ligada à indústria automobilística. Seria uma criação a título de teste, um anúncio para edição especial da Revista Manchete (quem se lembra dela?) com prazo apertadíssimo, como sempre acontece. Tipo para ontem antes do almoço...

Muito bem: nossa agência criou o layout, corri para apresentá-lo, foi aprovado – uma vitória – e mandamos elaborar o rotofilme (esse era o material que a Manchete usava para gravar suas chapas de impressão) que foi em seguida encaminhado para a revista, que à época estava na “Casa da Manchete”, enorme mansão construída em 1931 pelo ex-ministro Horácio Lafer na zona dos Jardins, em São Paulo e utilizada por Adolpho Bloch, o proprietário do Grupo Manchete. 

No dia que a revista foi para as bancas, corri cedinho para comprar a edição, ansioso por ver se nosso trabalho ficara a contento. E a decepção: o anúncio não fora publicado. Mil ligações para cá e para lá, descobrimos que o encarregado de enviar os materiais de São Paulo ao Rio de Janeiro, onde se localizava a gráfica da Manchete, simplesmente esquecera o rotofilme em uma das gavetas.

Não demorou para eu receber o telefonema fatal do cliente: ele ameaçou processar-me por perdas e danos, já que a publicação do anúncio naquela edição especial era de suma importância para a empresa. Passei a bola para o pessoal da Manchete e eles que assumissem seu erro.

Não fui processado. Mas perdemos o cliente, na verdade multiplicado por três, o número de suas empresas. Poderia ser a minha vez de processar a Manchete, mas não o fiz.

Ah! Antes tivesse o empresário chamado o ‘adgênzia dos trres letrrrinhas’. Roberto Duailibi (o "D' da agência, junto com os sócios Petit e Zaragosa) que se virasse com o pessoal da Manchete e o Adolpho Bloch!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

...e os americanos ficaram bravos!


Ontem assisti (novamente) ao filme "Invasão à Casa Branca", o que me fez lembrar do anúncio acima que minha agência criou e veiculou no começo da década de 1970.
O cliente era a Sifco S.A., forjaria com sua fábrica em Jundiaí, SP. À época eles fecharam um grande contrato de exportação para os Estados Unidos e nos pediram para tratar da divulgação. Criamos o anúncio e o veiculamos em várias revistas, inclusive na velha Manchete.
Em seguida, a empresa nos solicitou que publicássemos o anúncio traduzido para o inglês em revista especializada nos Estados Unidos, o que foi feito com o título "We are now invading the USA".
Pois cerca de duas semanas depois eu fui convidado pelo presidente da empresa para uma festança de casamento nas dependências do Jocquei Clube em São Paulo, quando no meio da festa fui procurado por um americano, que provocou um diálogo meio surreal em inglês. Ele era o presidente da empresa que importara os produtos, também convidado para o casamento.
Em resumo, após eu confirmar que fora a minha agência que produzira e veiculara o anúncio, disse-me ele muito bravo que "os Estados Unidos jamais admitiriam qualquer tipo de invasão no seu país", mesmo que fosse da forma descontraída apresentada pelo anúncio.
Imagino que após mais de 40 anos os americanos mudaram de ideia. Caso contrário, jamais permitiriam que o filme "Invasão à Casa Branca" fosse produzido.

Criação: Julio Ernesto Bahr / Foto: Estúdio Sergio Jorge