sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E-mail Marketing: condenado?



Em artigo publicado no site “Acontecendo”, de Santa Catarina – ao meu ver um dos melhores sites sobre publicidade no Brasil – a articulista Kedma Lage Carvalho procurou apresentar caminhos para produzir corretamente um e-mail marketing, que ela considera poderosa ferramenta de vendas.
Segundo Kedma, atualmente, 90% das empresas realizam ações de Marketing Digital, sendo 80% de e-mail marketing. Ela cita também estudo realizado pela SeeWhy Software, de maio de 2011, que indica e-mail marketing como a principal fonte de tráfego ao carrinho de compras de diversos sites de e-commerce nos Estados Unidos, com base em 60 mil transações concluídas.
Em seguida, a articulista sugere caminhos que, segundo ela, tornam extremamente eficientes as vendas de e-commerce, com baixo custo e alto retorno.
O site aceitou e publicou comentário que enviei a respeito do e-mail marketing. Que reproduzi a seguir:


Tudo indica que o E-mail Marketing está condenado. A absoluta falta de critérios (como apontados pela articulista), o crescimento geométrico desta recente forma de comunicação e o tempo cada vez mais curto dos receptores estão jogando literalmente na lixeira praticamente TODOS os e-mails que contenham qualquer insinuação publicitária. A remessa desordenada de e-mails que se escondem atrás de siglas inidentificáveis e codificadas dos remetentes, impedindo inclusive o bloqueio destes indesejáveis, está levando o consumidor a pesquisar de per si os produtos que almeja comprar, acessando diretamente as lojas virtuais e dispensando "recomendações", "ofertas", "promoções", etc., oferecidas por e-mails muitas vezes suspeitos.
Além disso, misturam-se ao E-mail Marketing os chamados "Cavalos de Troia", alguns deles expedidos por provedores do exterior, principalmente da Europa Oriental e que nada mais são do que vírus maliciosos.
Penso que as agências de propaganda deveriam estabelecer novos critérios e buscar novas soluções para evitarem a prostituição deste mercado.


Infelizmente alguns e-mails (não sei dizer se são muitos ou poucos) foram premiados e caíram na “rede” de e-mails comercializados através de listagens ou cds, vendidos em qualquer camelódromo. Agora são “usados e abusados” por empresas, várias delas inidôneas, que empurram aos incautos promoções, terrenos, planos de saúde, spams para “atualização” de senhas bancárias”, ofertas mirabolantes, crédito a granel, “notificações” da Receita Federal, transações bancárias da Uganda, “intimações” policiais e tudo mais que a imaginação de gente picareta consiga inventar.
Para ampliar o leque da picaretagem, alguns destes e-mails são expedidos por siglas bombásticas, mistura de números, letras e códigos, jamais repetidos, tornando impossível o bloqueio no provedor.
Outro grande problema do E-mail Marketing é a incapacidade das agências de propaganda ou dos departamentos das empresas de prepararem imagens abertas, que mostram imediatamente qual o assunto e a proposta ou oferta. Cada vez que o receptor da mensagem se vê convidado a clicar para abrir o arquivo, uma sombra de desconfiança já começa a pairar e a maioria imediatamente deleta o arquivo.
Sim, o admirável mundo novo do E-mail Marketing ainda tem um longo caminho a trilhar.