sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Anúncios com muito ou pouco texto?


Há um consenso entre o pessoal da comunicação de que os brasileiros leem cada vez menos e por isso mesmo os textos publicitários deveriam ser extremamente enxutos.

Na contramão desta "verdade", minha agência produziu, ainda na década de 1990, o anúncio acima para uma pequena agência de viagens em São Paulo. Como a empresa jamais havia se promovido através de uma divulgação profissional, julgamos que teríamos de fazer uma espécie de "apresentação" dos seus serviços. Eles já haviam negociado espaço de uma página em uma revista de pequena tiragem que circulava no bairro do Itaim. (Esses fechamentos diretos eram muito comuns quando se tratava de empresas pequenas).

Surpreendentemente, no mesmo dia em que a revista foi distribuída com o anúncio publicado, um cliente entrou na loja, sentou-se frente ao diretor e perguntou se tudo o que lá estava escrito era verdadeiro. Ao receber a confirmação, o cliente fechou um pacote de cerca de US$10 mil em viagens e serviços, prometendo voltar para comprar outros pacotes destinados à sua família.

O anúncio deu excelentes resultados para a agência de viagens, mas acabou deixando no ar aquela velha polêmica: os textos publicitários devem ser bem explicativos ou apenas enxutos?

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