O Daily Mail, jornal chinês, nos deu conta de que um publicitário chinês de 24 anos morreu após uma jornada fatigante de trabalho, em Pequim.
Li Yuan trabalhava na agência Ogilvy & Mather China. Segundo o
jornall, o publicitário estava trabalhando até as 23 horas todos os
dias, há um mês. No dia do colapso, ele teve um ataque de choro por
volta das 17h (horário local), caiu e teve um ataque cardíaco
fulminante. Levado ao Peking Union Medical College, ele já chegou em
óbito.
Para quem acha que a profissão de publicitário é apenas glamurosa,
com os homens sempre rodeados de mulheres lindas, circulando com carrões, roupas de grife e posando nas fotos de colunas sociais, esta
historinha chinesa está colocando os pontos nos is. Eu mesmo perdi a
contagem de quantos e quantos dias estiquei o trabalho até as primeiras
horas da madrugada seguinte para terminar campanhas de clientes; quantos
chás de cadeira tomei aguardando um cliente prepotente me atender em
sua sala de mandonismo; de quantos congestionamentos enfrentei no pesado
trânsito paulistano, angustiado para não chegar atrasado a uma reunião;
de quantos “chapéus” financeiros sofri dos maus pagadores; de como foi
difícil enfrentar a inflação desenfreada que dominava o Brasil,
corrompendo nossos ganhos e fazendo o faturamento virar pó, dificultando
inclusive o pagamento de salários dos funcionários; de quantas
campanhas foram criadas à-toa, descobrindo que éramos apenas os bois de
piranha para justificar o trabalho de outra agência já previamente
escolhida (tipo cunhado do presidente da empresa).
Publicidade não é para os fracos. Além de criatividade, ideias,
arrojo, coragem e capacidade de realizações, a profissão exige físico e
mente muito fortes. Ou se sucumbe exatamente como o infeliz chinês Li
Yuan.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário